Com mais de 25 anos de profissão, Bessa já atuou em diversas empresas do pólo industrial de Manaus. A explosão ocorrida na sede do Polícia Federal (PF), em Manaus, no último dia 27 de fevereiro, que provocou a morte de três peritos criminais federais trouxe para a discussão um tema importante e geralmente minimizado no meio profissional: A importância da segurança do trabalho.
Para o engenheiro de segurança do trabalho e professor do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Júlio Bessa, toda a atividade que envolva risco exige uma análise pré-liminar de perigos. “Nessa simulação eu vou trabalhar com a expectativa do pior possível que pode acontecer” afirma. Através deste modelo seriam criadas maneiras para proteger o trabalhador na execução de suas tarefas.
Seguindo o princípio da Cadeia de Progressão das Perdas todo acidente é previsível e previnível. Sinais avisam que o acidente está por vir. No caso da profissão do perito criminal, por se tratar de um trabalho perigoso e encaixar-se na condição de serviço policial a Consolidação das Leis Trabalho (CLT) não rege as atividades da classe, sendo adotado um regimento próprio.
Para o engenheiro, um dos maiores causadores de acidente é a rotina. O trabalhador ao desempenhar por longo tempo e no mesmo ambiente uma determinada atividade torna-se auto confiante negligenciando por vezes sua segurança.
Dentre as medidas que poderiam ter evitado a explosão da PF estão o treinamento dos peritos para o manuseio de explosivos e a utilização de medidas de segurança coletiva como a barreira de proteção utilizada no manuseio de produtos químicos e objetos apreendidos com suspeita de carga explosiva.
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Foto: Annyelle Bezerra

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